A Polícia da República de Moçambique (PRM) acredita que as pontas apreendidas resultem do abate ilegal de 15 elefantes por caçadores furtivos, disse na quarta-feira a porta-voz da corporação, Lurdes Ferreira.

A detenção aconteceu depois da denúncia de cidadãos que foram contactados para venda das presas.

O suspeito, acrescentou a porta-voz, diz ter sido apenas um intermediário e estava acompanhado de outros dois cúmplices, que conseguiram fugir à polícia.

"Esta é a primeira vez, este ano, que a polícia detém um cidadão com esta quantidade de marfim. Vamos trabalhar para sabermos o verdadeiro dono do produto", concluiu.

Dados da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) indicam que, desde 2009, o país perdeu pelo menos dez mil elefantes e, só na Reserva do Niassa, a maior área protegida do país, o número total desta passou de 12.000 para 4.400 em três anos (entre 2011 e 2014).

Trata-se de uma redução de 60% como resultado da ação de caçadores furtivos e que segundo as autoridades põe em risco a reprodução da espécie no país.