Os agentes da polícia, acompanhados por cães, não permitiram a passagem de pessoas envergando cartazes, faixas, bandeiras de arco-íris ou roupas similares.
Apesar do controlo policial, cerca de duzentas pessoas conseguiram concentrar-se na Rua Istiklal, onde cantaram 'slogans' como "Amor e Liberdade", dançaram e aplaudiram.
Os coordenadores da marcha leram um comunicado de imprensa em que denunciavam "crimes de ódio e violência policial".
"O governo acredita que as pessoas LGBT são uma ameaça", disse à agência EFE uma das coordenadoras da marcha, que se identificou como Gökçe.
"O governo não acredita na igualdade entre as pessoas, vê 'gays', lésbicas e transexuais como pessoas doentes, hoje eles não permitiram que muitas pessoas tivessem acesso às ruas do centro por causa de sua aparência”, acrescentou.
Esta é a quarta vez consecutiva que o governo turco, formado pelo partido islâmico AKP, proíbe a marcha LGBT que se realiza em Istambul desde 2003 e que, até 2014, registou uma participação maior a cada ano, atingindo dezenas de milhares de pessoas numa atmosfera festiva e pacífica.
Porém, a partir de 2015, o gabinete do governador da cidade proibiu o evento, justificando com o facto de o mesmo coincidir com o Ramadão ou porque "prejudica o turismo".
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