“O que antes era uma urgência é agora uma emergência global, à qual é fundamental responder a bem da própria existência humana e qualidade de vida”, sublinhou a associação, num comunicando em que aponta os “dez desafios estratégicos” para a União Europeia (UE).
A pouco mais de um mês das eleições europeias, que decorrem entre 23 e 26 de maio, a Zero apela aos partidos políticos e respetivos candidatos que pensem em "políticas climáticas ambiciosas", as quais devem ser "implementadas com urgência".
Uma ambição que passa, primeiro, por dirigir os investimentos públicos para uma economia sustentável, pondo fim à economia assente em carbono.
O orçamento da UE deve, portanto, suportar uma “visão integrada de sustentabilidade”, que permita “contribuir para a implementação dos diferentes compromissos de sustentabilidade assumidos a nível internacional”, defende a associação.
Lamentando o escândalo Dieselgate, que "expôs as fragilidades e as falhas dos esforços da UE para reduzir as emissões dos veículos ligeiros e pesados", a Zero desafia o próximo Parlamento Europeu a desenvolver uma estratégia que torne a UE "num líder mundial em mobilidade de emissões zero".
A associação ambientalista apela também para uma UE mais "transparente, democrática e passível de responsabilização".
Por um lado, no acesso à informação de substâncias químicas, a que os cidadãos "estão expostos diariamente" e que devem, num futuro próximo, ser substituídas por "alternativas mais seguras".
E, por outro, na "interação com os grupos de interesse", uma vez que, considera, a "atual tendência é a sobrerepresentação dos interesses empresariais em detrimento" da sociedade.
Para a Zero, as "relações comerciais não podem comprometer a sustentabilidade" e, por isso, "os direitos especiais de acesso a arbitragem por parte dos investidores estrangeiros devem ser excluídos de todos os acordos comerciais".
Por último, a associação ressalta a importância da UE definir e implementar o 8.º Programa de Ação em Matéria de Ambiente.
"A Europa necessita urgentemente de novas políticas económicas que promovam o bem-estar para todos os cidadãos e respeitem os limites dos ecossistemas do planeta que sustentam a vida e, em última instância, as próprias atividades económicas", conclui.
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