Questionado sobre se uma nova Guerra Fria estaria iminente, o chefe da diplomacia portuguesa recordou que “os últimos dias têm mostrado que todas as partes envolvidas têm procurado evitar qualquer escalada”.
Em declarações aos jornalistas, à margem da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, a decorrer em Bruxelas, Santos Silva reconheceu, contudo, que “o comportamento russo é muito perturbador desde 2014”.
“Houve uma alteração radical na política externa russa, com a anexação da Crimeia, com a interferência dos assuntos internos da Ucrânia e mais recentemente com uma série de comportamentos hostis”, apontou.
O novo comportamento do Kremlin obrigou, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, a uma adaptação da Aliança Atlântica e da União Europeia às “novas ameaças que veem de Leste”.
“Temos de aumentar a nossa capacidade de resiliência e a nossa capacidade de resposta em relação a atos hostis ou mesmo agressivos do lado russo e manter um canal de diálogo político com a Rússia”, frisou, repetindo a ideia defendida hoje pelo secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.
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