“A nossa primeira decisão foi que, a partir de aqui, realizaremos, com uma periocidade não superior a três meses, reuniões de trabalho entre as nossas equipas técnicas”, disse, no final da reunião, o ministro português do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, numa conferência de imprensa com o ministro espanhol do Fomento, Ínigo de la Serna.

Portugal tem atualmente em curso três projetos internacionais de “grande importância” que necessitam de “grande coordenação” com Espanha: o corredor norte (ligação Aveiro-Vilar Formoso-Salamanca), o corredor sul (ligação Sines-Caia-Madrid) e a linha do Minho (Porto-Valença-Vigo).

“Temos investimentos importantes dos dois lados da fronteira, que devem e estão a avançar de forma coordenada”, resumiu Pedro Marques.

Para Lisboa, estas ligações são de “enorme importância”, especialmente os corredores norte e sul, para ligar os portos portugueses (Leixões, Aveiro, Setúbal e Sines) à fronteira espanhola e à Europa.

O responsável português realçou a importância da eletrificação em curso da linha entre Nine (norte do Porto) e a fronteira, “há muito esperada”, e que vai permitir ter até 2019 todas as linhas ferroviárias do noroeste da Península Ibérica eletrificadas.

No caso da construção da nova linha entre Évora e a fronteira será “muito significativo o impacto na competitividade” das ligações ferroviárias, principalmente no transporte de mercadorias de Sines para Espanha e a Europa.

“Estamos a executar um plano de investimentos superior a dois mil milhões de euros”, sublinhou Pedro Marques, acrescentando que se trata de “aproximar muito” as cidades portuguesas e espanholas.

O ponto da situação destes projetos entre os dois países será feito na Cimeira Luso-espanhola, que se prevê que se realize em maio próximo.