Em conferência de imprensa, Muscat citou inicialmente sete países – Portugal, Bélgica, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, além de Malta — e disse esperar “confirmação de um outro Estado membro”, mas, no final, precisou que são oito: os sete já referidos e a Holanda.
O chefe do governo maltês convocou a imprensa para anunciar que o navio, que transporta mais de 200 migrantes, foi autorizado a aportar em Malta, onde é esperado ao final do dia.
“Cada um [dos países] acolherá de acordo com a sua capacidade e não quero dar números agora, porque antes temos de ver as pessoas a bordo, o seu risco e situação. Temos de estudar cada caso e o número de menores desacompanhados”, disse.
Muscat acrescentou que o navio será apreendido à chegada a Malta e os migrantes avaliados para determinar quais preenchem as condições para requerer asilo e quais, não preenchendo, serão repatriados.
“Não serão acolhidos aqueles que não cumprirem os requisitos”, disse.
O navio, operado pela organização não-governamental alemã Lifeline Mission e de pavilhão holandês, navega há seis dias com 230 migrantes resgatados perto das costas da Líbia, no Mediterrâneo.
O chefe do governo maltês disse ainda que as autoridades vão investigar a legalidade do registo do navio, depois de a Holanda ter negado autorização para ter pavilhão holandês, e a sua ação no mar, incluindo as suspeitas de que terá desligado os dispositivos de posicionamento.
Muscat disse ainda que a situação “foi causada pela decisão do capitão do navio, que agiu contra as regras de direito internacional” e ignorou as ordens da guarda costeira italiana de os colocar sob responsabilidade da guarda costeira líbia.
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