“Desde o princípio que estamos em contacto permanente com as autoridades israelitas e egípcias e o que temos é a possibilidade de os acolher temporariamente, por dois ou três dias, no Egito e de trazê-los para Portugal. Não gostaria de dramatizar com esse tipo de terminologia, uma operação de resgate, é simplesmente a retirada de portugueses do Egito, a partir do momento em que possam sair de Gaza”, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Falando em declarações aos jornalistas portugueses em Bruxelas no final de uma reunião dos chefes da diplomacia da União Europeia, João Gomes Cravinho apontou que “os portugueses e familiares que estão atualmente em Gaza sairão da mesma maneira que outros estrangeiros têm saído ao longo destas últimas duas semanas”.

“Neste momento, estamos a trabalhar com 16. São seis portugueses e 10 familiares próximos. E depois há um conjunto mais alargado de palestinianos que têm ligações familiares a Portugal”, precisou. Em declarações anteriores no parlamento português, o governante tinha indicado que se trata de seis cidadãos com passaporte português e, destes, cinco são menores de idade.

Questionado sobre o processo de retirada, João Gomes Cravinho explicou: “A nossa embaixada tem isso já estudado e planeado e a partir do momento em que entram no Egito. A nossa embaixada […] assumirá essa responsabilidade e trataremos de os trazer para Portugal, em princípio por via comercial, porque é um número relativamente pequeno”.

De acordo com o governante, estes cidadãos “não estão abandonados”.

“Estamos constantemente, todos dias e várias vezes ao dia, em contacto com autoridades israelitas e egípcias para procurar a melhor forma de assegurar a sua saída”, adiantou.