O exército português tem 37 tanques Leopart A6, mas a verdade é que a grande maioria dos mesmos está inoperacional, ou seja, não poderão ser usados em combate.
O governo liderado por António Costa prometeu ajuda à Ucrânia, que tinha pedido estes veículos de combate aos países aliados, mas agora estará a avaliar a situação, escreve o jornal Expresso esta sexta-feira.
Esta avaliação deve-se ao simples facto da promessa de quatro veículos à Ucrânia e à possibilidade do exército nacional ficar depois na sua posse com muito poucos tanques operacionais.
"Mais de metade dos 37 Leopard A6 portugueses não estão em condições de ser usados em combate, apurou o Expresso junto de fontes do Exército. A NATO utiliza um sistema de classificação de cores para aferir a prontidão dos equipamentos para serem empenhados e a maioria destes carros que Portugal comprou aos Países Baixos, em 2008, estão no “nível vermelho de operacionalização”, explica um oficial general.
Outro oficial do exército português também contou ao semanário que os exercícios com estes meios em Santa Margarida também não se costumam realizar com mais do que um esquadrão, ou seja com um máximo de 14 carros", salientando depois que "além dos meios inoperacionais, há ainda cerca de uma dezena de veículos no nível “amarelo”: nestes casos, os tanques não estão a 100% mas podem ser utilizados em contexto de guerra. No nível “verde” — com a manutenção em dia e prontos a utilizar — está uma minoria".
Refira-se que a Alemanha, como fabricante destas unidades militares, desbloqueou esta semana o processo de envio de tanques Leopard para a Ucrânia por parte dos países que prometeram ajuda à Ucrânia.
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