“Desengane-se quem pensar que este ódio e estes insultos são dirigidos contra mim ou contra qualquer outro candidato ou candidata. O destinatário deste ódio e destes insultos está aqui: é a Constituição da República Portuguesa”, afirmou, sendo depois fortemente aplaudido pelo público que se encontrava na União Desportiva e Cultural Banheirense.
No comício noturno de quarta-feira, em Portalegre, André Ventura, candidato presidencial pelo Chega, proferiu insultos contra o líder comunista Jerónimo de Sousa e os candidatos Marcelo Rebelo de Sousa, João Ferreira, Marisa Matias e Ana Gomes.
Hoje, numa ação para debater o futuro da Península de Setúbal, na Baixa da Banheira, no concelho da Moita, o candidato comunista, depois de evitar o tema, abordou-o referindo-se a “manifestações de ódio, insultos, grosseiras e desbragadas, má educação” que entraram na campanha “nos últimos dias”.
Assegurando que esse tipo de discurso não vai mudar a sua atitude, João Ferreira afirmou que são os direitos consagrados na Constituição, “o Portugal que está inscrito nas páginas da Constituição” que “eles odeiam”, e “querem combater”.
Na quinta-feira, instado pelos jornalistas, em Ponte de Lima, a reagir às declarações de André Ventura, o eurodeputado disse não estar na corrida presidencial para “despiques estéreis” mas sim para debater a “situação do país e as preocupações das pessoas”.
“Todos os portugueses estão em condições de fazer o seu julgamento”, disse João Ferreira na ocasião, frisando que não tencionava desviar-se “um milímetro” do objetivo que fixou para a sua candidatura.
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