A marcha, promovida para celebrar a adesão da Polónia à UE (em 2004) e para reafirmar o compromisso do país para com o bloco composto por 28 Estados-membros, contou também com a presença dos líderes da oposição polaca.

Donald Tusk foi primeiro-ministro da Polónia de 2007 a 2014.

O atual Governo da Polónia, liderado pelo partido conservador eurocético Lei e Justiça (PiS), é um forte crítico da UE e das respetivas instituições.

Antes da marcha, os líderes dos partidos de centro-esquerda pediram aos eleitores polacos para que votem nas eleições europeias (realizadas de 23 a 26 maio nos 28 países), afirmando que eles são cruciais para a posição da Polónia dentro do bloco comunitário.

O Lei e Justiça (PiS) é o favorito nas eleições europeias na Polónia, mas a atual campanha eleitoral está a ser encarada como a mais europeísta dos últimos anos, com a entrada dos recém-criados Coligação Europeia e Primavera.

As europeias estão a ser vistas como um teste para as legislativas polacas do próximo outono e são as primeiras dos últimos anos em que uma formação está em condições de desafiar o domínio do PiS: a Coligação Europeia (KE), formada este ano por iniciativa do principal partido da oposição, a Plataforma Cívica (PO) e que integra o Partido Popular da Polónia (PSL), a Aliança Democrática de Esquerda (SLD), os Verdes e outros pequenos partidos.

Na última projeção do Parlamento Europeu, o PiS alcança os 40,6%, elegendo 23 eurodeputados, e a coligação KE 36,3%, elegendo 21 eurodeputados.

O novo partido Primavera (centro-esquerda), criado em fevereiro deste ano pelo primeiro deputado polaco a assumir-se como homossexual, Robert Biedron, surge em terceiro lugar com 8,3% (quatro eurodeputados).

Analistas apontam que, a confirmarem-se tais votações, a Coligação Europeia e a Primavera, juntas, superam o PiS e podem estar em condições de, após as legislativas, formarem uma coligação.

A Polónia vota em 26 de maio e elege 51 dos 751 deputados do PE.