Oficialmente identificado como Mohsen Fakhrizadeh, chefe do Departamento de Pesquisa e Inovação desta pasta, foi "gravemente ferido" quando o seu carro foi atacado por vários indivíduos, que trocaram tiros com a sua equipa de segurança.

Ainda de acordo com o comunicado, os médicos tentaram reanimá-lo, sem sucesso.

"Os terroristas assassinaram hoje um proeminente cientista iraniano. Essa covardia - com sérios indícios do papel de Israel - mostra a guerra desesperada dos seus perpetradores", escreveu Mohammad Javad Zarif, ministro dos Negócios Estrangeiros, no Twitter.

O chefe da diplomacia também apelou à comunidade internacional para "pôr fim às vergonhosas posições ambivalentes [de Israel] e condenar este ato terrorista".

Segundo a agência Reuters, Fakhrizadeh foi identificado pelos serviços de vigilância norte-americanos e israelitas como o líder de um programa secreto para criar uma bomba atómica no Irão, interrompido em 2003.

A Reuters cita a agência de notícias iraniana Tasnim, que avançou que "os terroristas rebentaram outro carro" antes de atirar sobre a viatura que transportava o cientista e a sua equipa de segurança, no que terá sido uma emboscada à saída de Teerão.

Esse assassinato ocorre menos de dois meses antes da chegada à Casa Branca do democrata Joe Biden, vencedor das eleições de 3 de novembro nos Estados Unidos.

Biden pretende mudar a postura do país quanto ao Irão após os quatro anos de presidência de Donald Trump. O republicano retirou os EUA do acordo com as grandes potências assinado em 2015, em Viena, sobre o programa nuclear de Teerão. Desde então, os Estados Unidos restabeleceram e endureceram as sanções contra o país do médio oriente..