A PGR confirmou a abertura de um inquérito para investigar as suspeitas do crime de abuso de poder ou de outros crimes na ação do SIS junto de Frederico Pinheiro.
"Confirma-se, como já é do domínio público, a existência de inquérito tendo por objeto os factos ocorridos no Ministério das Infraestruturas e aqueles que com os mesmos se encontrem relacionados. Este inquérito é dirigido pelo DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] Regional de Lisboa e encontra-se em segredo de justiç, referiu a Procuradoria-Geral da República (PGR), em resposta à Lusa.
A 26 de abril, Frederico Pinheiro, adjunto do gabinete do ministro das Infraestruturas, foi exonorado. À notícia da exoneração seguiu-se a acusação por parte de deste a João Galamba de ter querido mentir à Comissão de Inquérito da TAP.
A 29 de abril, o ministro das Infraestruturas convocou uma conferência de imprensa em que descreveu os acontecimentos que terão tido lugar no ministério a 25 de abril, aquando da ida de Frederico Pinheiro às instalações onde trabalhava para levar o computador de serviço - situação que envolveu, segundo João Galamba, agressões, chamada da PSP e posteriormente do SIS e da PJ.
O pedido de demissão do ministro das Infraestruturas chegou na sequência desta polémica entre João Galamba e o ex-adjunto Frederico Pinheiro em torno de informações a prestar à comissão parlamentar sobre a gestão da TAP, num caso em foram noticiados episódios de violência física no ministério e um alegado furto de um computador do Estado, que terá motivado a intervenção do Serviço de Informações e Segurança (SIS).
A 2 de maio, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que não aceitou o pedido de demissão de João Galamba do cargo de Ministro das Infraestruturas. A 3 de maio, a comissão parlamentar de inquérito à TAP aprovou a proposta da IL para a “audição imediata” do ministro João Galamba, tendo decidido também ouvir o adjunto exonerado, Frederico Pinheiro, e a chefe de gabinete do titular das Infraestruturas. Ontem, Eugénia Correia e Frederico Pinheiro foram ouvidos na Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP .
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