Segundo Ana Paula Martins, a avaliação foi feita há três dias pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e indica que a tendência não é de equilíbrio, mas ressalvou que “é preciso amadurecer os dados” e perceber como é que estão a evoluir as Unidades Locais de Saúde (ULS).
“Nós sabemos que existem, pelos dados que temos neste momento e temos que trabalhar com os conselhos de administração, unidades locais de saúde que estão a conseguir ter resultados de acordo com o seu programa operacional (…) que estão muito em linha com aquilo que estava estimado e também sabemos que há outras que estão eventualmente com mais dificuldades, eventualmente, porque o modelo de financiamento pode ter de ser ajustado”, afirmou a ministra na CNN Summit, em Lisboa.
Questionada se o aumento a que se tem assistido ao longo dos últimos oito anos do orçamento do Serviço Nacional de Saúde se vai manter, a ministra disse que “o crescimento da saúde é uma inevitabilidade”.
Ana Paula Martins apontou que nos sistemas de saúde considerados desenvolvidos, as expectativas dos cidadãos são cada vez maiores, há cada vez mais a inovação “que traz custos significativos”, mas também “traz resultados significativos”.
Realçou também a rubrica de recursos humanos que tem “um crescimento bastante acentuado”.
A ministra considerou ainda que “Portugal tem feito últimos anos uma opção política pela saúde”, dedicando-lhe “uma verba que não é irrelevante”.
“O crescimento que temos visto na saúde e aquilo que os governos, sobretudo depois do período de ajustamento, têm dedicado à saúde (…) é superior ao crescimento do PIB [Produto Interno Bruto], agora isto tem um limite. Acho que todos temos essa consciência”, referiu.
Sobre qual é esse limite, Ana Paula Martins disse que não sabe qual é, mas “é um limite do ponto de vista conceptual e teórico”.
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