Nesta terça, o Kremlin informou que Mikhail Vasilyev foi homenageado com a medalha de herói da Federação Russa pela sua "bravura e heroísmo no cumprimento do seu dever cívico".

Vasilyev morreu na manhã de domingo, "na zona da operação militar especial na Ucrânia, enquanto realizava trabalhos pastorais", informou a Igreja Ortodoxa em comunicado.

O clérigo, nascido em 1971, serviu como capelão militar em outras operações do exército russo no Kosovo, Bósnia e Síria, segundo a nota.

O líder da Igreja Ortodoxa russa, o patriarca Kirill, um dos pilares do poder de Putin, deve celebrar na quarta-feira uma missa em memória do falecido na catedral de Cristo Salvador, em Moscovo.

Segundo o correspondente da televisão estatal russa Alexander Sladkov, o religioso morreu num ataque com mísseis na região ocupada de Kherson, onde as tropas da Ucrânia levam a cabo uma contraofensiva que dura há semanas.

"Morreu como um sacerdote guerreiro, ao lado dos paraquedistas", escreveu no domingo Sladkov na rede Telegram.

De acordo com uma transmissão da rede de televisão russa Spas, Vasilyev adquiriu notoriedade pelas declarações proferidas quando lhe perguntaram se entendia uma mãe que envia o filho para fora da Rússia para evitar a sua mobilização para a guerra.

"Se uma senhora segue o preceito de Deus 'sejam férteis e multipliquem-se', respondeu o sacerdote que recusa meios artificiais para impedir a gravidez, "geralmente terá mais de um filho e não será tão dolorosa a separação", acrescentou Vasilyev.