"O que está a acontecer agora é uma medida coerciva. Porque não temos outra forma de fazer o contrário", disse Putin, durante uma reunião com empresários, em Moscovo, que foi difundida pelas estações televisivas.
"Os riscos de segurança criados eram tais que era impossível reagir de outra forma", explicou Putin, questionando a intransigência de Kiev e do Ocidente em relação às exigências de segurança apresentadas pela Rússia, nos últimos meses.
"Eles poderiam colocar-nos num tal risco que não saberíamos como sobreviver", acrescentou o Presidente russo, depois de ter exigido a promessa de que a Ucrânia não faria parte da NATO.
Putin também assegurou que a Rússia não quer minar o sistema económico e não quer ser excluído dele, reagindo ao anúncio de sanções que estão a afetar duramente os mercados e a moeda russa.
"A Rússia continua a participar da economia global", disse Putin, acrescentando que Moscovo "não pretende minar o sistema no qual funciona" e avisando que o seu Governo está preparado para o impacto de novas sanções contra a economia, pedindo aos empresários que mostrem "solidariedade".
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um “pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk”, no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a “desmilitarização e desnazificação” do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.
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