“O exército israelita perpetrou quatro novos massacres em Gaza, matando 53 civis palestinianos, 46 dos quais no norte da Faixa de Gaza”, disseram hoje fontes ligadas à área da saúde em Gaza, sublinhando que perto de 100.000 pessoas continuam encurraladas em Jabalia, Beit Lahia e Beit Hanoun sob “bombardeamentos indiscriminados” e privadas de alimentos, água e cuidados médicos.

Esta manhã, pelo menos 18 habitantes de Gaza foram mortos e dezenas ficaram feridos, segundo fontes médicas, nos bombardeamentos dos caças israelitas a uma zona residencial do campo de refugiados de Jabalia, onde o exército israelita continua a atacar a restante população para a deslocar mais para sul, para a cidade de Gaza.

Hoje de manhã “a ocupação (israelita) retomou as suas operações de bombardeamento e os ataques de artilharia contra o campo de Jabalia, a cidade de Beit Lahia e as imediações de al-Tawam e al-Saftawi, na cidade de Gaza”, informou a agência noticiosa palestiniana Wafa.

No sábado à noite, perto de 40 pessoas morreram e 80 ficaram feridas num ataque israelita contra um complexo residencial de cinco unidades em Beit Lahia, uma das cidades mais fortemente atingidas nas últimas três semanas, segundo fontes locais e médicas.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, denunciou no sábado, na rede social X, que “a situação no norte de Gaza é catastrófica” e afirmou que “as intensas operações militares” em torno e dentro dos hospitais, bem como a falta de recursos, estão a privar os habitantes de Gaza de cuidados médicos vitais.