Uma das “caixas negras” do aparelho, um Antonov An-26, foi também recuperada, bem como os fragmentos de uma segunda “caixa negra”, segundo indicaram as mesmas fontes, que não esclareceram, no entanto, se o dispositivo recuperado é aquele que contém o registo dos áudios a bordo ou os dados do voo (as duas funcionalidades possíveis).

O avião, propriedade de uma pequena companhia local, com 22 passageiros e seis tripulantes a bordo, desapareceu dos radares na terça-feira pouco antes da aterragem prevista na cidade costeira de Palana, na zona da península de Kamchatka.

O aparelho, de conceção soviética, fazia a ligação entre a capital regional Petropavlovsk-Kamtchatski e a cidade Palana quando deixou de transmitir as coordenadas.

Após várias horas de buscas, as equipas de resgate conseguiram localizar destroços do aparelho ao longo da costa e no mar de Okhotsk.

Nessa mesma terça-feira, os ‘media’ russos informaram que nenhuma pessoa, incluindo duas crianças, que estava a bordo do aparelho tinha sobrevivido.

Os trabalhos de busca e de resgate decorreram em condições adversas, devido à localização da zona onde ocorreu o acidente e às más condições meteorológicas registadas na área, nomeadamente nevoeiro, ondulação e ventos fortes.

Um inquérito foi aberto para determinar as causas do acidente, com as equipas de investigação a analisarem três hipóteses: más condições meteorológicas, problemas técnicos ou um possível erro humano.

As autoridades de Kamchatka declararam três dias de luto na região, tendo sido anunciado que as famílias das vítimas irão receber uma verba na ordem dos 3,5 milhões de rublos (quase 40 mil euros), montante que inclui uma indemnização da companhia aérea, um pagamento do seguro e um subsídio do Governo regional.

O modelo Antonov An-26, produzido entre 1969 e 1986 na antiga União Soviética, tem estado envolvido em vários acidentes fatais nos últimos anos.