“As buscas reiniciaram-se logo muito cedo, nas primeiras horas de hoje, mas, no entanto, o navio da marinha portuguesa NRP Zaire permaneceu no local desde ontem”, disse Teobaldo Cabral, assessor de comunicação do gabinete do presidente do governo regional do Príncipe.
Segundo a mesma fonte, as sete vítimas mortais do naufrágio foram hoje a enterrar no cemitério da cidade de Santo António, na Região Autónoma do Príncipe.
O governo da região decretou três dias de luto, suspendeu todas as atividades, culturais, desportivas e recreativas que estavam previstas no quadro da celebração do 24.º aniversário da autonomia regional, que se assinala a 29 deste mês.
O navio “Amfitriti”, que fazia a ligação entre as ilhas de São Tomé e do Príncipe, uma viagem que dura entre seis e oito horas, zarpou do porto de São Tomé na noite de quarta-feira com destino à cidade de Santo António e naufragou já perto da ilha do Príncipe, na madrugada de quinta-feira.
A bordo viajavam 64 passageiros e oito tripulantes e o navio transportava 212 toneladas de carga.
Segundo as autoridades locais, o acidente causou sete mortos — quatro crianças e três adultos — e 10 desaparecidos. Cinquenta e cinco pessoas foram resgatadas com vida, três das quais foram transportadas para a ilha de São Tomé por apresentarem ferimentos graves.
O presidente do governo regional do Príncipe, José Cassandra, afirmou haver registos de três passageiros estrangeiros — duas portuguesas e um francês -, mas essa informação ainda não foi confirmada.
O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, anunciou a abertura imediata de um inquérito para “se apurarem as causas deste trágico acidente e assacar as eventuais responsabilidades”.
O navio da Marinha portuguesa “Zaire”, que se encontra em missão no país, com uma guarnição constituída por militares portugueses e são-tomenses, navegou de imediato para o local do naufrágio.
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