No final de uma reunião com a CIP (Confederação Empresarial de Portugal), Rui Rio foi questionado sobre notícias que dão conta de que a sua direção teria rejeitado a possibilidade de ir a votos nas legislativas de 30 de janeiro em listas conjuntas com o CDS-PP.

“Só confirmo que, entre muitos assuntos que foram debatidos, também foi debatida essa matéria, mas sem qualquer deliberação final”, afirmou.

Rio explicou que colocou o assunto na reunião da Comissão Política Nacional de uma forma “informal” e não ainda “do ponto de vista formal”.

“Na situação presente, uma das coisas que é importante é se o PSD vai sozinho ou não vai sozinho. Fizemos um ‘brainstorming’ para toda a gente dar a sua opinião”, afirmou, não querendo alongar-me mais em questões internas.

O jornal online Observador noticiou na terça-feira que foram vários os membros da Comissão Política Nacional de Rio a rejeitarem uma coligação pré-eleitoral com o CDS-PP, depois de o presidente do PSD ter dito, em entrevista à Antena 1, ser “tendencialmente a favor” desse cenário.

Na mesma linha, Rio também não quis responder à acusação do seu opositor interno Paulo Rangel de que estaria a fazer campanha com os meios do partido.

“Não quero responder a nenhuma crítica interna”, insistiu.

Na semana passada, Rio anunciou que renunciaria a fazer campanha interna para as diretas de 27 de novembro que escolherão o próximo presidente do PSD, justificando que se quer concentrar na oposição ao Governo com vista às legislativas de 30 de janeiro.

Hoje, foi na qualidade de presidente do PSD que foi recebido pela CIP, depois de na terça-feira também se ter deslocado nessa condição a uma empresa de calçado em Felgueiras.

Na quinta-feira, Rio já tem marcados dois pontos de agenda como presidente do partido: uma visita a um hospital em Setúbal e uma audiência com a UGT.