
“Não será fácil. Vai levar tempo, mas pelo menos estamos neste caminho e estamos a falar sobre estas coisas”, afirmou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América (EUA) numa conferência de imprensa em Kingston, a capital da Jamaica.
Os EUA anunciaram na terça-feira um entendimento com as delegações ucraniana e russa para uma trégua dos combates no mar Negro, no âmbito das negociações na Arábia Saudita sobre o conflito na Ucrânia.
Os dois países concordaram “garantir a segurança da navegação, eliminar o uso da força e impedir o uso de embarcações comerciais para fins militares no mar Negro”, afirmou a Casa Branca (presidência norte-americana), que fez o anúncio do acordo com Kiev e Moscovo em declarações separadas.
Nos textos, Washington indicou também que as partes deram o acordo para “desenvolver medidas” com vista a proibir os ataques às instalações energéticas russas e ucranianas.
O Kremlin (presidência russa) acrescentou posteriormente que o cessar-fogo nos ataques às infraestruturas energéticas discutido durante as negociações com os Estados Unidos, incluía refinarias, gasodutos e centrais elétricas.
Em relação à Rússia, os Estados Unidos comprometeram-se a ajudar a restaurar o acesso ao “mercado global de exportações agrícolas e de fertilizantes”, bem como a facilitar o acesso aos portos e aos sistemas de pagamento destas transações.
Sobre a Ucrânia, a administração de Trump prometeu “ajudar a concretizar a troca de prisioneiros de guerra, a libertação de civis e o regresso de crianças ucranianas transferidas à força” para território russo.
A guerra em curso foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, para, segundo o Presidente russo, Vladimir Putin, “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho.
Rubio reuniu-se hoje na Jamaica com o chefe do Governo jamaicano, Andrew Holness, e está prevista uma reunião com os primeiros-ministros de Trinidad e Tobago, Stuart Young, e dos Barbados, Mia Mottley, bem como com o presidente do Conselho de Transição do Haiti, Fritz Jean.
Depois da visita à Jamaica, o chefe da diplomacia norte-americana segue na quinta-feira para a Guiana e o Suriname, onde irá encontrar-se com os Presidentes Irfaan Ali e Chandrikapersad Santokhi, respetivamente.
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