O líder nacionalista Nikita Zaitsev disse à agência russa Interfax estar detido num autocarro da polícia com outras 16 pessoas.

“No segundo autocarro estão outros 15 detidos. Também havia um terceiro autocarro da polícia, mas não se sabe ainda quantas pessoas tem”, adiantou.

As designadas “Marchas Russas” realizam-se desde 2005 no Dia da Unidade Popular e têm como principal objetivo protestar contra as políticas migratórias do governo russo, refere a agência noticiosa espanhola EFE.

Desta vez, devido à pandemia, os nacionalistas decidiram substituir a marcha por um protesto em frente à sede do Serviço Prisional Federal russo.

Parte dos detidos foram interpelados junto daquela instituição, onde se deviam colocar flores em memória do nacionalista Maxim Martsinkevich, que se terá suicidado na prisão há dois meses em circunstâncias não esclarecidas.

A Câmara Municipal de Moscovo tem recusado autorização a vários grupos russos nacionalistas e de direita para a realização de manifestações ou desfiles.

A capital é o principal foco da pandemia na Rússia, que voltou a registar um recorde de casos e de mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas, com 19.768 infeções pelo novo coronavírus e 389 mortes ligadas à covid-19.

O país passa assim a contar com 29.211 mortes e 1.693.454 casos desde o início da pandemia, ou que torna a Rússia o quarto país do mundo em termos de infeções, depois dos Estados Unidos, Índia e Brasil.