As autoridades sanitárias anunciaram hoje que foram registadas 24.822 novas infeções e 476 mortes, num total, desde o início da pandemia, de 2.064.748 de pessoas infetadas e 35.778 mortes.
Este número que reflete uma mortalidade inferior a outras partes do mundo é, no entanto, questionável. As autoridades apenas registam as mortes causadas por o novo coronavírus após a autópsia revelar que essa foi a causa primária.
O maior número de novos casos diários detetados hoje aconteceu em Moscovo (7.168) e na segunda cidade do país, São Petersburgo, (2.476) e as restantes regiões registaram entre dezenas e centenas de novas infeções.
“Temos muitas ligações no momento. O número de pacientes está a aumentar”, contou à Agência France-Presse (AFP) Dmitri, o motorista de uma ambulância que transportava uma equipa médica responsável por recolher amostras para o teste ao novo coronavírus na cidade de São Petersburgo e que em cada manhã visita cerca de duas dezenas de endereços.
Uma das enfermeiras dessa equipa, Lioudmila, disse que “as pessoas ficam com medo e chamam um médico assim que começam a tossir”.
Apesar de as autoridades russas considerarem a situação “preocupante”, afirmam que continua sob controle e, por enquanto, descartaram qualquer outro novo confinamento nacional para não paralisar a economia russa já enfraquecida pelas restrições gerais na primavera, bem como pelas sanções ocidentais.
O presidente russo, Vladimir Putin, falou em outubro em medidas “direcionadas e justificadas” que poderiam ser tomadas independentemente das regiões russas.
A Rússia conta também com a produção de vacinas que desenvolveu contra o novo coronavírus, incluindo a Sputnik V, promovida por Vladimir Putin, mas que até agora tem levantado suspeitas internacionalmente.
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