À margem de uma visita às instalações da Casa dos Animais, em Monsanto, Lisboa, no âmbito da campanha de sensibilização contra o abandono dos animais de companhia, Capoulas Santos disse que “os solos receberam água suficiente” pela chuva recente e que “as albufeiras estão com níveis de capacidade suficientemente tranquilizadores para garantir uma época agrícola normal”.
No entanto, ressalvou, existem duas exceções.
“Existem dois problemas ainda no baixo Alentejo. [As albufeiras de] Monte da Rocha e Campilhas estão com 20 e pouco por cento da sua capacidade. Portanto, chove normalmente, menos nessa região”, destacou.
Ainda assim, o governante mostrou-se convicto de que “existem boas condições” para que Portugal tenha “um bom ano agrícola”, algo que “já tinha sucedido no ano passado, apesar da seca”.
“Com exceção de alguns setores, como o do arroz e da pecuária, na generalidade das outras produções tivemos bons resultados. Em alguns até espetaculares, como o caso do azeite em que a produção aumentou cerca de 80%”, sublinhou o ministro Capoulas Santos.
O ministro do Ambiente disse, na semana passada, que as barragens do sul estavam a encher a ritmo “bastante lento”, apesar de no norte a situação estar quase regularizada.
No sul, embora esteja a haver "encaixes de água a cada dia", ainda há situações preocupantes, como a da barragem de Monte da Rocha, no concelho de Ourique, que abastece "um conjunto vasto de habitantes", e que ainda está com apenas 9,6 por cento da capacidade.
"O solo estava muito seco e absorveu muita água", referiu o ministro.
"A água vai ser cada vez mais escassa. Agricultores, industriais e cidadãos urbanos têm mesmo de consumir menos água", defendeu.
João Pedro Matos Fernandes salientou ainda que a campanha contra o desperdício é "independente do nível de água nas albufeiras".
[Notícia atualizada às 14h18]
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