A constituição deste dispositivo permanente surge no âmbito de um protocolo de intervenção para cenários de emergência ou catástrofe desenvolvido pelo Instituto de Segurança Social (ISS), em colaboração com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
O protocolo, que contempla instrumentos de planificação, organização e coordenação no quadro das ações de apoio social em fase de emergência, decorre da intervenção do ISS no apoio social de emergência às vítimas e às populações afetadas pelos incêndios de 2017.
Este é “um protocolo de atuação que planifica e dá todos os instrumentos necessários para facilitar e melhorar a intervenção” e “orientar os recursos humanos a todos os níveis”, disse à agência Lusa, Sofia Borges Pereira, do conselho diretivo do ISS.
A mesma responsável adiantou que estes 291 técnicos da Segurança Social receberam formação da ANPC e estão preparados para “qualquer tipo de cenário” de emergência, seja incêndios, inundações ou outra situação de catástrofe.
Segundo Sofia Borges Pereira, este dispostito é permanente, pode atuar a qualquer hora do dia e tem uma cobertura a nível nacional.
No âmbito do protocolo foi também definido as competências dos operacionais de acordo com os níveis de atuação em que vão intervir, nomeadamente nos postos de comando e nas zonas de concentração e apoio às populações, bem como a definição de perfis e competências de acordo com a organização das equipas do ISS.
“Como temos vários níveis de intervenção, nacional, distrital, municipal, conforme os planos de emergência acionados, procuramos ter uma definição do perfil para selecionar quem é o responsável, quem reúne todas as competências para coordenar e ser o oficial de ligação, quem é o responsável da equipa que faz de elo ligação com o teatro de operação. Outro perfil é quem fica nas zonas de concentração de apoio à população”, explicou.
Além de definir as competências do ISS no âmbito da intervenção em cenários de exceção, o protocolo de intervenção para cenários de emergência ou catástrofe vai ser também distribuído aos 291 trabalhadores, que funcionará como um documento orientador do que devem fazer.
O dispositivo do ISS vai também receber um ‘kit’ de intervenção com material e equipamento para intervenção em cenário de exceção.
Além do protocolo, este ‘kit’ é constituído pelo caderno de campo para os operacionais e um colete da segurança social, que permitirá um melhor reconhecimento e identificação dos técnicos nos teatros de operações, evitando situações de burla.
A apresentação da intervenção da Segurança Social em cenários de exceção e a entrega dos ‘kits’ vão ser feitas hoje em Alcanena (Santarém), numa cerimónia que contará com a presença do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva.
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