Segundo revelou fonte do comando metropolitano de Lisboa da PSP, elementos policiais acompanharam na terça-feira técnicos da Segurança Social numa ação de fiscalização de um lar na Rua dos Castelinhos, em Rio de Mouro.

A mesma fonte explicou à Lusa que no decurso das diligências “foi detetada a inexistência de água quente e constatou-se que alguns utentes necessitavam de cuidados médicos”.

Perante a falta de condições da moradia, a fonte policial acrescentou que a Segurança Social determinou o encerramento do espaço, que acolhia 15 idosos, encaminhados para as famílias enquanto “dois foram transportados para o hospital”.

“O estabelecimento tinha a seu cargo 15 idosos em condições de higiene e salubridade que foram consideradas gravemente deficitárias, passíveis de colocar em risco a vida dos utentes”, confirmou à Lusa a assessoria de imprensa do Instituto da Segurança Social.

O organismo confirmou que, em articulação com a PSP e os centros de saúde do Cacém e do Olival, se procedeu “ao encerramento de uma Estrutura Residencial para Pessoas Idosas ilegal, em Rio de Mouro”.

“As condições de funcionamento detetadas e o défice de recursos humanos existentes impuseram o encerramento urgente do estabelecimento”, salientou a Segurança Social.

O encerramento urgente de uma unidade “ocorre quando se verifica um perigo iminente para a saúde e integridade dos utentes”, procedendo-se à sua retirada imediata e “encaminhamento para as respetivas famílias ou para respostas sociais alternativas condignas”, notou o instituto.

No caso de Rio de Mouro, as equipas da Segurança Social contactaram os familiares dos utentes, comunicando-lhes a decisão de encerramento do espaço, “com retirada imediata de todos os idosos”.

No seguimento do fecho do lar ilegal, 13 idosos foram encaminhados para as respetivas famílias e dois foram transportados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para “uma unidade hospitalar dada a precária condição de saúde em que se encontravam”.

“Além do encerramento, o Instituto da Segurança Social irá participar ao Ministério Público a atuação da proprietária, por crime de desobediência, visto ser reincidente”, adiantou ainda a assessoria de imprensa do organismo.