O anterior balanço das autoridades apontava para 86 mortos e 134 desaparecidos.
Dados da Defesa Civil indicam ainda que há 361 feridos e 132 desaparecidos nos 388 municípios do Rio Grande do Sul atingidos pelas inundações.
O total de pessoas em abrigos está em 48.147, outras 155.741 pessoas foram desalojadas sendo que um total de 1.367.506 pessoas foram afetadas pelas fortes chuvas que têm causado grande destruição desde o início da semana passada.
O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, disse hoje numa entrevista que “a tragédia climática” na região sul do país resultante de inundações históricas “ainda não terminou”.
“É uma tragédia climática cuja dimensão ninguém imaginou e não acabou. A água está a descer para outros locais e vai chegar a outros municípios e isso é muito grave”, acrescentou o Presidente brasileiro, em entrevista à rede pública EBC.
Lula da Silva também reforçou que o Governo está a ajudar neste primeiro momento, com uma sala de crise instalada no Rio Grande do Sul para se comunicar com o governo do estado e os municípios para depois se pensar em reconstrução.
O governante criticou ainda as notícias falsas que proliferaram nos últimos dias sobre a atuação do seu Governo neste desastre.
“Existe uma indústria mentirosa de ‘fake news’, mas prefiro olhar para o número de pessoas preocupadas”, disse.
As autoridades brasileiras ainda estão focadas em resgatar sobreviventes isolados, ao mesmo tempo que trabalham para garantir energia e água à população atingida.
O governo regional do Rio Grande do Sul fez um alerta na noite desta segunda-feira para o risco de enchentes nos municípios localizados nas margens da Lagoa dos Patos.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) do Brasil alertou que o risco é agravado devido à frente fria que vai atingir a região sul do estado e provocará chuva e descida de temperatura esta semana.
O governo regional do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade na semana passada, situação que foi reconhecida pelo Governo central.
Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, grandes áreas ainda estão inundadas.
O estado mais ao sul do Brasil tem sido bastante afetado pelas mudanças climáticas. Depois de ser afetado por uma forte seca devido ao fenómeno La Niña, no ano passado, a região passou a ser afetada pelo El Niño e registou em menos de 12 meses quatro desastres climáticos causados por ciclones extratropicais e tempestades.
Em 2023, registaram-se 75 mortos devido a desastres naturais neste estado brasileiro.
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