“Convidei Joe Biden para uma cimeira da NATO em Bruxelas no início do próximo ano. A data específica ainda não foi decidida, mas haverá uma cimeira da NATO e, claro, todos os líderes da Aliança estarão presentes incluindo o futuro Presidente Joe Biden”, sublinhou Stoltenberg em conferência de imprensa.

Referindo já ter tido a oportunidade de ter uma “excelente conversa ao telefone” com o futuro Presidente dos EUA na passada segunda-feira, Stoltenberg sublinhou que a experiência de Biden enquanto vice-presidente lhe deu “muito conhecimento no que toca a questões de segurança em geral, e à NATO em particular”.

“Sei que Joe Biden é um apoiante muito empenhado da cooperação e da ligação entre a América do Norte, a Europa e a NATO. Aguardo com expectativa poder trabalhar com ele, mas também com a futura vice-presidente, Kamala Harris”, frisou Stoltenberg.

O secretário-geral da NATO referiu ainda que a Aliança é a “única organização que junta diariamente a América do Norte e a Europa” e que deve ser utiliza como “plataforma” para resolver diferendos que possam surgir entre os aliados.

“Temos de usar esta plataforma para fortalecer ainda mais a ligação transatlântica e para ter discussões francas quando houver diferenças e divergências entre os Aliados”, afirmou Stoltenberg.

A necessidade da Aliança, tanto para a Europa – que depende “das garantias de segurança dos EUA” – como para os Estados Unidos – que precisa de Aliados numa altura “em que o equilíbrio de poder no mundo está a mudar” — foi também realçada pelo secretário-geral, que apelou a que os Aliados se mantenham unidos.

“Juntos, os Aliados da NATO representam 50% do PIB mundial e do poder militar. Por isso, enquanto nos mantivermos juntos, estaremos seguros, e isso é a força desta aliança”, frisou Stoltenberg.

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte falava à imprensa no âmbito da cimeira que irá reunir os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO na terça e quarta-feira.