Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo CTT indica que a Tourline Express “foi hoje notificada da decisão da Comisión Nacional de los Mercados y la Competencia - CNMC [autoridade da concorrência espanhola], no âmbito de um processo iniciado contra 10 empresas a atuar no mercado de expresso e de encomendas em Espanha”.
No caso da Tourline Express, a multa aplicada foi de 3,1 milhões de euros por “alegada prática de cartel” com a empresa ICS International Courier Solution entre outubro de 2013 e abril de 2016.
Contudo, “a Tourline considera infundada a referida decisão, pelo que irá apresentar recurso no tribunal judicial competente”, adianta o grupo CTT.
De acordo com a agência noticiosa Efe, o caso envolve, além da Tourline Express e da ICS, a Correos Express, Fedex, UPS, DHL, TNT, MBE, GLS e a Redyser, numa coima total que ascende a mais de 68 milhões de euros.
Citando um comunicado da CNMC, a Efe explica que este organismo investigou “milhares de e-mails” e de mensagens eletrónicas que confirmaram a existência de acordos para que os clientes não recebessem ofertas de outras empresas.
Ficou também demonstrado que as empresas chegaram a acordos para a “não-agressão verbal” entre si.
Tais práticas são, segundo a CNMC, uma infração “muito grave”.
A multa mais alta foi imputada à Correos Express (19,6 milhões de euros), seguindo-se os montantes aplicados à UPS (19,2 milhões), TNT (16,2 milhões), DHL (cinco milhões), Tourline (3,1 milhões), a Redyser (2,1 milhões), Fedex (1,8 milhões), ICS (773.314) euros e MBE (690.400 euros).
De acordo com a CNMC, a Correos Express e a MBE foram as empresas que participaram em maior número de cartéis, num total de quatro cada uma. A ICS participou em três.
Todas empresas em causa têm dois meses para apresentar recurso após serem notificadas.
Comentários