"Estão a ser desenvolvidas todas as diligências para que os factos e as responsabilidades sejam totalmente apurados, assim como todas as medidas para reaver o material roubado", disse Augusto Santos Silva, em declarações aos jornalistas após um encontro com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, no Palácio das Necessidades, em Lisboa.
Augusto Santos Silva considerou que "a violação de instalações militares" foi "um acontecimento muito grave".
O Exército revelou na sexta-feira que entre o material de guerra furtado na quarta-feira dos Paióis Nacionais de Tancos estão granadas foguete anticarro, granadas de gás lacrimogéneo e explosivos.
O chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, anunciou no sábado que afastou provisoriamente os cinco comandantes de unidades do campo militar para não interferirem com os processos de averiguações sobre o caso.
No final do encontro com Guterres, o chefe da diplomacia portuguesa assegurou que "as obrigações internacionais" no quadro das alianças políticas e militares a que Portugal pertence "foram e estão a ser cumpridas".
O ministro escusou-se a comentar a questão levantada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, este domingo, quando pediu que se investigue se existe alguma ligação entre este furto e outros dois que disse terem acontecido "nos últimos dois anos em países membros da NATO, um deles há poucos meses", sem especificar a que Estados se referia.
“Não devo acrescentar nada à investigação em curso. Devo apenas chamar a atenção que este tipo de ataques infelizmente acontece, incluindo no quadro dos aliados da NATO e a própria aliança político-militar que é a NATO tem os instrumentos necessários para cooperação entre países no sentido de prevenir e quando estes ataques infelizmente ocorrem, apurar todos os factos, todas as responsabilidades e desenvolver todas as contramedidas necessárias”, mencionou.
Sobre este furto, o secretário-geral da ONU disse encarar “com um misto de preocupação”, por existirem “ameaças desta natureza”, mas afirmou ter “confiança que as autoridades portuguesas tudo farão para esclarecer e resolver as consequências deste ato”.
[Notícia atualizada às 14h02]
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