“Hoje não temos projeto para voos diretos [da Madeira] com Caracas”, disse a responsável, referindo, por outro lado, que as ligações diretas à ilha do Porto Santo a partir de Lisboa e Porto vão manter-se apenas no período de verão.

“Para nós, o Porto Santo é um destino de verão”, reforçou.

Christine Ourmières-Widener falava na abertura da quarta edição do Aviation-Event Executive Fórum, no Funchal, uma conferência na qual participam representantes das autoridades locais, diretores de companhias aéreas e aeroportos da Europa, políticos e jornalistas.

A edição deste ano contou com o apoio da TAP Air Portugal e da Associação de Promoção da Madeira.

O secretário do Turismo e Cultura da Madeira, Eduardo Jesus, reagiu às declarações da CEO da TAP, afirmando que, apesar do interesse do Governo Regional na ligação direta a Caracas, a decisão compete à transportadora.

“É um voo que nos agradaria muito sob o ponto de vista da diáspora, aliás, é recorrente esse pedido por parte dos madeirenses que vivem na Venezuela e também na África do Sul, mas essa decisão compete exclusivamente à companhia”, disse.

“Nós [Governo Regional] fazemos a força que podemos, mas depois a decisão é da Comissão Executiva”, reforçou.

Eduardo Jesus adiantou, por outro lado, que, em termos de hotelaria, o executivo madeirense (PSD/CDS-PP) estabeleceu como limite máximo 40 mil camas até 2027, proibindo também a construção unidades como mais de 80 quartos ou 160 camas.

“Estamos sensivelmente em 34 mil camas [na hotelaria tradicional] e o que interessa ao setor e interessa à Madeira é o que aconteceu em 2022, que, sem aumentar a oferta, aumentou-se bastante o valor do setor. Ou seja, vendeu-se melhor o setor, rentabilizou-se mais, as empresas têm outra capacidade de remunerar os seus quadros, de fazer reinvestimento”, explicou.

Eduardo Jesus disse que, por isso, o Plano de Ordenamento do Turismo fixou o limite de camas em 40 mil até 2027 na hotelaria tradicional, sendo que o alojamento local disponibiliza atualmente cerca de 23 mil camas no arquipélago.

“É uma estratégia de valorizar o que temos e não fazer crescer o setor de uma forma descontrolada”, disse, lembrando que muitas regiões turísticas estão agora a ser evitadas porque não tiveram o cuidado de travar a massificação.

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