Em comunicado hoje divulgado, a Subcomissão de Trabalhadores, que representa os funcionários da delegação do Porto, apela à participação no protesto de segunda-feira, pelas 15:00, em frente às instalações da RTP naquela cidade.

“Vamos manifestar-nos, a uma só voz, para acabar de vez com o flagelo da precariedade na empresa. Vamos juntar-nos e dizer basta”, sublinha a estrutura.

Em causa estão os pareceres negativos no âmbito do programa de regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração Pública (PREVPAP).

De um total de quase 400 requerimentos apresentados neste programa, só cerca de 130 trabalhadores tiveram parecer favorável à integração.

Segundo a subcomissão, ao elaborar os pareceres para a Comissão de Avaliação Bipartida (CAB) de Cultura, a administração da RTP “deu massivamente pareceres negativos à integração de trabalhadores que iriam suprir as necessidades mais evidentes”, funcionários estes ligados aos programas Praça da Alegria e Aqui Portugal, às áreas técnicas dos turnos de informação, às equipas vídeo móvel e à área técnica e redação da rádio.

“A empresa decidiu dar um sinal inequívoco do seu pensamento estratégico, não só sobre a política para os recursos humanos que (não) tem mas, igualmente, o modo como (não) pensa o importante papel do centro de produção do norte no contexto da prestação de serviço público de rádio e de televisão”, lamenta a estrutura.

Recordando que estas são “áreas estão subdimensionadas”, a subcomissão adianta que, “infelizmente”, caiu “a máscara à administração da RTP”.

No início de novembro, cerca de meia centena de jornalistas, tradutores, locutores, repórteres de imagem, entre outros trabalhadores precários do universo RTP, protestaram em frente à sede da estação televisiva, em Lisboa, contra a falta de respostas do Governo sobre a sua integração.

Já esta semana, na quarta-feira, os trabalhadores da RTP aprovaram, em plenário, a realização de uma greve como forma de luta.

Em causa estão os aumentos salariais dos trabalhadores da estação pública, congelados há 10 anos, a perspetiva de requalificação dos profissionais ou a demora da integração dos precários como efetivos.