Os Estados Unidos "não deveriam ter desestabilizado" o Iraque, agora um reduto do grupo Estado Islâmico, 13 anos depois da invasão que acabou com o regime de Saddam Hussein, disse Donald Trump.
"Ele era um homem mau, um homem mesmo mau. Mas sabem o que é que ele fazia bem? Matava terroristas. Era uma coisa que ele fazia tão bem", afirmou Trump aos simpatizantes. O magnata expressou um fraco apoio à invasão do Iraque antes da guerra e mais tarde manifestou a sua oposição ao conflito.
"Eles não liam os direitos (das pessoas). Não falavam. Eram terroristas. E acabou. Hoje em dia, o Iraque é a Harvard do terrorismo. Quer ser terrorista? Vá para o Iraque, que é como se fosse Harvard", acrescentou o candidato republicano, numa referência à prestigiada universidade americana.
A campanha de Hillary Clinton não demorou muito a atacar Trump pelos seus comentários sobre Saddam Hussein, que foi condenado à morte e enforcado em dezembro de 2006, por ter ordenado o assassinato de 150 xiitas duas décadas antes.
"Esta noite, Trump voltou a elogiar Saddam Hussein como um grande assassino de terroristas, comentando com aprovação que ele nunca deu ao trabalho de ler os direitos a ninguém. Na verdade, o regime de Hussein patrocinava o terrorismo", afirmou num comunicado Jake Sullivan, assessor de Hillary Clinton.
"Os elogios de Trump a ditadores brutais, e as lições distorcidas que parece ter aprendido com a história deles, demonstram novamente como seria perigoso tê-lo como Presidente e o indigno que é para o cargo que ambiciona", completou Sullivan.
No ano passado, Donald Trump declarou que o mundo estaria melhor se Saddam Hussein e Muammar Kadhafi, morto por uma revolta popular em 2011, ainda estivessem no poder.
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