"Não estou a competir contra a desonesta Hillary Clinton", disse este sábado, 13 de agosto, o candidato republicano num evento em Fairfield, Connecticut, "estou a competir contra os media desonestos”, concluiu.

O mesmo discurso foi adotado por Trump nas redes sociais, onde fez uma série de publicações contra a imprensa e, especialmente, contra o The New York Times, que publicou este sábado uma reportagem pouco favorável a Trump.

Escreve o jornal, citando fontes próximas do candidato republicano, que Trump é volátil, incapaz de seguir os conselhos dos seus consultores, e que está desanimado.

“Em privado, o humor de Trump é muitas vezes taciturno e errático, dizem os seus associados. (…) Dizem que o nomeado [republicano] está exausto, frustrado e ainda perplexo com com alguns pontos do processo político”, pode ler-se no artigo. Para esta peça, escreve o jornal, foram entrevistados mais de 20 republicanos próximos de Trump ou da sua máquina de campanha.

O candidato assegura que estas entrevistas “nunca aconteceram” e diz que a reportagem do jornal não passa de mera “ficção”. Em tom provocativo, refere-se sempre à publicação como um jornal prestes a falir.

“Os meus eventos de campanha não têm a cobertura apropriada pela imprensa. Nunca falam da mensagem real e nunca mostram o tamanho do entusiasmo da multidão”, queixa-se o candidato, que acredita que se a cobertura fosse apropriada e não alterasse o sentido das suas palavras “estaria a bater Hillary [nas sondagens] por 20%”

Trump, que já se comprometeu a mudar - caso vença as eleições - a lei da difamação para facilitar ao cidadão processar jornais, escreveu no Twitter que “não se trata de liberdade de imprensa quando os jornais estão autorizados a dizer e a escrever o que querem, mesmo que seja falso”.

A relação do candidato com os media tem sido bastante conflituosa. Uma longa lista de meios de comunicação social - como o The New York Times, o Buzzfeed, Politico e Washington Post - viram-lhes ser negadas acreditações para cobrir eventos da campanha de Trump.

Depois de muito criticado por causa dos comentários que fez sobre os pais de um soldado americano muçulmano morto no Iraque, e após sugerir a "partidários da segunda emenda” que travem Hillary, Trump tem vindo a ser penalizado nas sondagens.

Uma sondagem da Bloomberg, publicada a 10 de agosto, coloca o candidato republicano a 6 pontos da democrata Hillary Clinton nas intenções de voto. O mesmo resultado foi obtido por uma sondagem Reuters/Ipsos divulgada no mesmo dia. Já a sondagem na NBC, publicada a 9 de agosto, dava a Clinton uma vantagem de 10 pontos.

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