Durante a conversa, o Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança compartilhou com Antony Blinken a sua avaliação da situação após a recente visita à Ucrânia, informou o Serviço Europeu de Ação Externa em comunicado.

Ambos os responsáveis alertaram que “qualquer agressão militar adicional contra a Ucrânia terá consequências massivas e um custo elevado”, indica o mesmo comunicado.

“Também reafirmaram o apoio da União Europeia e dos Estados Unidos à soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia e enfatizaram a necessidade de uma inversão da escalada por parte da Rússia e a completa aplicação dos acordos de Minsk”, acrescenta o comunicado, citado pela EFE.

Borrel e Blinken também discutiram os compromissos bilaterais e multilaterais na sequência das propostas apresentadas pela Rússia sobre a posição de Moscovo sobre os compromissos da segurança na Europa.

No encontro, ambos os responsáveis sublinharam a “longa associação” entre a UE e os EUA e os compromissos para a segurança transatlântica e para enfrentar os desafios comuns em termos de segurança.

Em concreto, concordaram que “qualquer discussão sobre a segurança europeia terá lugar em coordenação e com a participação da União Europeia”, tendo ainda acordado em “manter um contacto próximo” nestas áreas prioritárias.

Delegações dos Estados Unidos e da Rússia iniciam hoje em Genebra dois dias de reuniões para debater as questões da Ucrânia e do controlo do armamento nuclear.

A tensão entre a Rússia e a Ucrânia vai continuar a marcar a agenda dos próximos dias: na segunda-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, reúne-se com o chefe da diplomacia da Ucrânia, Dmytro Kuleba, antes de uma reunião da Comissão Ucrânia-Aliança Atlântica, e para terça-feira está prevista uma reunião Rússia-NATO.