A ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, declarou a sua determinação em aumentar o número de efetivos “por terra, mar e ar”, durante uma visita de trabalho à Lituânia.
O aumento, que não foi quantificado, junta-se a outro anunciado há semanas por Lambrecht e que consiste em 350 soldados adicionais às 350 tropas que a Alemanha já tem no país báltico e que participam numa missão de vigilância aérea.
Membro da NATO e da União Europeia – à semelhança da Estónia e Letónia -, a Lituânia pediu novamente na segunda-feira um reforço do seu flanco oriental, na sequência do reconhecimento das autoproclamadas repúblicas separatistas do Donbass por parte da Rússia.
No mesmo sentido, a Hungria vai enviar soldados e equipamentos militares para as áreas do seu território que fazem fronteira com a Ucrânia, anunciou hoje o ministro da Defesa húngaro, Tibor Benko.
“Se houver uma escalada da situação na Ucrânia, não só haverá atividades de guerra no leste do país, como também poderão expandir-se para Kiev” e as zonas fronteiriças com a Hungria, advertiu o ministro, citado pela agência local MTI.
O objetivo dos militares, segundo explicou, é guardar as fronteiras orientais com a Ucrânia para garantir que grupos armados não entrem no país.
Além disso, a Hungria prepara-se para uma eventual chegada de refugiados ucranianos e para tarefas humanitárias, acrescentou Benko.
As primeiras unidades vão chegar à região esta tarde, disse o ministro, sem especificar a dimensão dos contingentes a serem destacados.
As relações entre a Hungria e a Ucrânia são tensas há anos, com Budapeste a acusar o vizinho de não respeitar os direitos das minorias étnicas do país, entre elas a magiar, de cerca de 150.000 pessoas, enquanto Kiev acusa o país da Europa central de apoiar as políticas russas.
O primeiro-ministro ultranacionalista, Viktor Orbán, é um dos melhores aliados europeus de Moscovo e no passado criticou as sanções impostas pela União Europeia à Rússia depois da anexação da península ucraniana da Crimeia.
Até ao momento, o governo de Orbán, ao contrário da grande maioria dos outros parceiro da UE e da comunidade internacional, não condenou a decisão da Rússia de reconhecer a independência das regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.
No entanto, disse que a Hungria partilha a postura conjunta da União Europeia em relação à Ucrânia.
Além disso, numa breve declaração publicada na rede social Facebook, Orbán expressou apoio da Hungria à soberania ucraniana.
“Apoiamos a soberania da Ucrânia, disse hoje ao chefe de Estado ucraniano. A nossa pátria faz parte dos esforços conjuntos da União [Europeia] em prol da paz”, pode ler-se.
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