O estado de emergência implicará restrições nas horas de fornecimento de energia elétrica à população.

O primeiro-ministro ucraniano, Volodymyr Groysman, apelou aos grupos ultranacionalistas radicais ucranianos para terminarem com o bloqueio e recordou que algumas das principais cidades do país podem ficar sem eletricidade caso as centrais térmicas não receberem antracite, uma variedade do mineral carvão essencial para o seu funcionamento.

“Estas ações são absolutamente intoleráveis. E julgo que as entregas de carvão devem ser desbloqueadas o mais rapidamente possível”, afirmou Groysman no decurso de uma reunião de emergência do seu gabinete.

O chefe do Governo advertiu que “o bloqueio implicará o encerramento das indústrias metalúrgicas do país que dão emprego a 300.000 pessoas”.

As atuais reservas de antracite, que se utiliza para produzir mais de 10% da energia elétrica, poderão terminar no prazo de nove dias.

Um grupo de radicais ucranianos, incluindo antigos combatentes e atuais deputados do parlamento, mantêm bloqueadas desde há três semanas as vias férreas que transportam este mineral produzido nos territórios pró-russos do leste da Ucrânia para as outras regiões do país.

Os ultranacionalistas argumentam que o comércio com os territórios separatistas é uma fonte de financiamento para as milícias armadas pró-russas que combatem as tropas governamentais de Kiev.

Na sequência da sublevação armada em 2014 no leste da Ucrânia, os fornecimentos de carvão ao resto do país foram suspensos devido aos combates, apesar de mais terem sido restabelecidos em parte.

Das 14 centrais elétricas existentes na Ucrânia, sete operam apenas com o carvão proveniente da zona hulhífera de Donetsk.

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