Hugo Caturna, membro da claque benfiquista “No Name Boys”, foi um dos três taxistas detidos pela PSP a 10 de outubro, na zona do aeroporto de Lisboa, por alegadamente ter lançado um artefacto pirotécnico contra os agentes da PSP.
Em julgamento, o arguido negou ao autoria dos factos, apesar dos dois agentes da PSP terem afirmado que não tinham dúvidas de que Hugo Caturna lançou uma tocha que acertou no peito de outro outro elemento policial.
O Ministério Público (MP) pediu a condenação a pena de prisão, mas suspensa na execução, pelos crimes de resistência e coação a funcionário, neste caso a agente da PSP, com arma, e um crime de posse de arma proibida.
A defesa do taxista alegou que há dúvidas sobre quem foi o autor do lançamento da tocha, sublinhando que tais dúvidas devem ser resolvidas a favor do arguido.
Um dos motivos que suscita dúvidas reside no facto de os agentes da PSP terem admitido, em julgamento, que houve mais do que uma tocha lançada.
Um outro taxista, que devia também hoje ser julgado em processo sumário por dano qualificado, viu a sua sessão ser adiada para se verem primeiro as imagens do local.
Um terceiro taxista julgado em processo sumário por dano qualificado foi condenado ao pagamento de uma multa de 1.950 euros.
O protesto dos taxistas a 10 de outubro, que deveria ter seguido até à Assembleia da República, não avançou além da Rotunda do Relógio, onde ocorreram confrontos com a polícia, tendo os manifestantes bloqueado a zona do aeroporto de Lisboa durante mais de 15 horas.
O protesto dos taxistas esteve relacionado com as novas regras para as plataformas eletrónicas como a Uber e a Cabify.
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