“A partir de amanhã [segunda-feira] vamos ter um PSOE novo e rumo à Moncloa”, residência oficial do Governo, disse Pedro Sánchez depois de ter ganho as eleições “primárias” dos socialistas espanhóis.
O novo secretário-geral pediu várias vezes a “unidade” de todos os socialistas que saem deste processo muito divididos.
Pedro Sánchez ganhou as “primárias” dos socialistas espanholas sucedendo a si próprio, oito meses depois de se ter demitido de líder do partido em choque com os “barões” regionais.
“Hoje começa tudo. Hoje não acaba nada”, sublinhou Sánchez, repetindo que pretende um “novo PSOE” para mudar a Espanha.
Daqui a quatro semanas, o congresso do PSOE vai confirmar o nome do novo secretário-geral que irá tentar que os socialistas voltem a ser uma alternativa credível de Governo que neste momento pertence ao Partido Popular (direita).
Com 99,23 % dos votos escrutinados, Pedro Sánchez teve a preferência de 50,21% dos que votaram, Susana Díaz 39,94% e Patxi López 9,85%.
Antes do líder ter falado, num encontro com a imprensa sem direito a perguntas, Susana Díaz prometeu “ajudar” e pôs-se à disposição do PSOE “em tudo aquilo que o partido precisar”, sem nunca ter nomeado o nome de Pedro Sánchez.
Poucos minutos antes, também numa declaração sem perguntas, Patxi López desejou boa sorte ao secretário-geral eleito e sublinhou que, a partir de segunda-feira, “todos juntos”, os socialistas, têm de trabalhar com Pedro Sánchez “à cabeça para recuperar o PSOE”.
Pedro Sánchez demitiu-se do cargo de secretário-geral em 1 de outubro do ano passado, depois de uma maioria de dirigentes nacionais do partido terem chumbado a sua estratégia de recusar determinantemente um Governo do PP (Partido Popular, direita).
Os socialistas acabaram por viabilizar, através da sua abstenção no parlamento, o atual governo minoritário do PP, liderado por Mariano Rajoy.
Uma comissão de gestão provisória organizou as primárias e o congresso do partido e dirige o PSOE desde a demissão de Pedro Sánchez.
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