Dirigindo-se ao Parlamento Europeu por ocasião do discurso sobre o Estado da União, Jean-Claude Juncker lembrou que qualquer negociação com países candidatos assenta, acima de tudo, no “Estado de Direito, justiça e valores fundamentais”, o que, argumentou, “afasta a Turquia” da adesão.
Segundo Juncker, “há já um tempo considerável que a Turquia se tem afastado” dos valores europeus e, como tal, da UE.
A título de exemplo, apontou que “o lugar dos jornalistas é nas redações, não nas prisões”, apelando por isso às autoridades turcas que libertem os jornalistas detidos, “e não apenas os europeus”.
“E parem de chamar aos nossos Estados-membros e chefes de Estado fascistas e nazis. A Europa é um continente de democracias maturas”, advertiu.
O presidente do executivo comunitário disse ter, por vezes, “a impressão que há quem, na Turquia, queira quebrar as pontes, para depois responsabilizar a UE pelo fracasso nas negociações”.
“Mas, do nosso lado, teremos sempre uma mão estendida, para o grande povo da Turquia e todos aqueles que queiram trabalhar connosco com base nos nossos valores comuns”, disse.
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