“Congratulo-me com a abertura do posto fronteiriço de Rafah para a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Este é um primeiro passo importante para aliviar o sofrimento de pessoas inocentes. Os meus agradecimentos a todos os que tornaram isto possível”, escreveu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na rede social X (antigo Twitter).

Na mesma linha, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, realçou os esforços desenvolvidos pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pelo Crescente Vermelho, pela Organização Mundial de Saúde, pelo Programa Alimentar Mundial e pela UNICEF.

“Temos de aproveitar estas medidas positivas para levar urgentemente a ajuda humanitária aos civis mais vulneráveis”, acrescentou Charles Michel.

O Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, considerou que “o fornecimento sustentado de ajuda humanitária à população civil é crucial para proporcionar uma tábua de salvação a pessoas inocentes”.

O posto fronteiriço de Rafah, que liga a Península do Sinai, no norte do Egito, à Faixa de Gaza, abriu hoje para permitir a entrada de ajuda humanitária no enclave palestiniano.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) confirmou que 20 camiões com comida, água e medicamentos entraram hoje em Gaza através da passagem de Rafah – a única não controlada por Israel, mas há cerca de 200 camiões que aguardam passagem.

A abertura da travessia de Rafah ocorre no mesmo dia em que a Nova Capital Administrativa do Egito, 50 quilómetros a sudeste do Cairo, acolhe uma cimeira internacional liderada pelo presidente egípcio, Abdelfatah al-Sisi, e com a presença de vários líderes mundiais.

Entre os participantes estão o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres; o presidente palestiniano, Mahmoud Abbas; o rei da Jordânia, Abdullah II; e Pedro Sánchez, o primeiro-ministro interino de Espanha, que detém a presidência rotativa da UE.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.