Alunos e professores da Universidade de Pequim foram proibidos de sair do ‘campus’ e as aulas passaram a ser dadas via ‘online’, de acordo com um aviso emitido pela instituição.
A universidade tem quase 50.000 estudantes, segundo o seu portal oficial.
Pequim registou mais de 350 novos casos, nas últimas 24 horas, uma pequena fração da sua população de 21 milhões, mas o suficiente para desencadear bloqueios e quarentenas localizadas, no âmbito da estratégia de ‘zero casos’ de covid-19.
Em todo o país, a China diagnosticou cerca de 20.000 casos, nas últimas 24 horas.
As autoridades querem evitar bloqueios em toda a cidade, para tentar minimizar o impacto na atividade económica, mas sem abdicar da estratégia que visa eliminar surtos do novo coronavírus.
Na primavera passada, um bloqueio total de dois meses de Xangai, a “capital” económica da China, interrompeu as cadeias de fornecimento e o comércio, afetando a economia chinesa.
Diretrizes nacionais publicadas na semana passada pediram aos governos locais que sigam uma abordagem científica e direcionada e que evitem medidas desnecessárias.
Esta semana, grupos de moradores em Cantão, uma das maiores cidades da China, escaparam ao bloqueio dos seus bairros e entraram em confrontos com a polícia.
As tensões ocorreram no distrito de Haizhu, que está sob um bloqueio altamente restritivo. A área é o lar de muitos trabalhadores migrantes, oriundos de zonas rurais pobres. Reclamaram de não estarem a ser pagos por não puderem comparecer ao trabalho e da escassez de alimentos e do aumento dos preços, devido às medidas de prevenção epidémica.
Cantão, capital da província de Guangdong, enfrenta o maior surto de covid-19 desde o início da pandemia. A cidade registou mais de 6.000 novos casos, nas últimas 24 horas. Outras cidades com grandes surtos incluem Chongqing, no sudoeste, Zhengzhou, na província de Henan, e Hohhot, capital da região da Mongólia Interior, no norte.
Em Zhengzhou, no final do mês passado, trabalhadores fugiram dos seus dormitórios na maior fábrica de iPhones do mundo, com alguns a escalar cercas para sair. A norte-americana Apple alertou que os clientes enfrentariam atrasos nas entregas dos modelos iPhone14 Pro, devido ao bloqueio das instalações.
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