Numa nota publicada no seu ‘site’, a autarquia explica que este concurso de ideias, que decorre até 29 de maio, assenta sobre o “futuro Parque Urbano localizado na Praça de Espanha, [que] terá uma área de cerca de 45.000 metros quadrados”.
“Atualmente, a ligação da Avenida dos Combatentes à Avenida Calouste Gulbenkian atravessa a Praça de Espanha delimitando e dividindo o espaço em ilhas desconexas”, observa a Câmara de Lisboa, referindo que o projeto visa melhorar esta situação através de um “conjunto alargado de princípios de intervenção relativamente ao ordenamento viário, à circulação pedonal e à ocupação do solo”.
Entre os objetivos da intervenção elencados pelo município está, por isso, a promoção da Praça de Espanha como um “lugar de lazer e recreio, polo de atração da envolvente”, com esplanadas e pequeno comércio à entrada da estação do Metropolitano, um parque infantil, equipamentos de ginástica e desporto e ainda zonas de estadia e de leitura.
Acresce que o parque deverá estar integrado na rede de espaços verdes da cidade e ser complementar, “em termos de desenho e funções”, ao Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, refere a autarquia.
Ao mesmo tempo, o projeto deverá prever a “concentração do trânsito de atravessamento no perímetro da praça, melhorando o desempenho rodoviário e permitindo a criação de um espaço de parque de fácil acesso”.
A Câmara de Lisboa quer ainda a “requalificação das vias que ladeiam o futuro jardim” (avenidas dos Combatentes e Calouste Gulbenkian) assim como o “envolvimento do parque com os edifícios de serviços e fortalecimento do futuro eixo terciário da cidade”, entre a Praça de Espanha e Entrecampos.
Este parque urbano é o elemento central da unidade de execução da Praça de Espanha aprovada em dezembro passado pelo executivo municipal de maioria socialista.
Na altura, o documento levado a apreciação explicava que o concurso selecionaria a equipa que iria concretizar o projeto, tendo em vista a abertura de um procedimento por ajuste direto.
Em 2015, a Câmara fez uma permuta de terrenos também na Praça de Espanha com o Montepio Geral - Associação Mutualista para ali ser construído o edifício sede do Montepio Geral e da Lusitânia Seguros.
Entretanto, a autarquia vendeu, no final de março deste ano, uma parcela de terreno na Praça de Espanha destinada a construções novas do setor terciário. A parcela foi adquirida, em hasta pública, por uma sociedade comercial portuguesa pelo valor de 17 milhões de euros.
Para esta zona prevê-se ainda o alargamento das instalações do Instituto Português de Oncologia de Lisboa.
Tais mudanças apenas são possíveis devido ao fim, em setembro de 2015, do chamado “mercado azul” da Praça de Espanha.
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