“A desqualificação de um membro proeminente da oposição que queria participar nestas eleições, envia certamente uma mensagem errada”, afirmou Antony Blinken, na quinta-feira, durante uma visita à Guiana, país vizinho da Venezuela.

“As sanções [contra a Venezuela] são um meio para atingir um fim e esse fim é ajudar a responder ao desejo do povo venezuelano de restaurar a democracia. E, como já disse anteriormente, isso começa com eleições livres e justas”, salientou.

Uma das favoritas da oposição para as eleições presidenciais de 2024 Maria Corina Machado foi proibida de exercer qualquer cargo público, o que a impede de concorrer, de acordo com um documento tornado público na semana passada pela Controladoria Geral da Venezuela, órgão que supervisiona as contas públicas.

Machado, de 55 anos, liderava algumas sondagens para as primárias da oposição, a decorrer a 22 de outubro.

Outros três candidatos da oposição nestas primárias, Henrique Capriles, Juan Guaidó, o ex-“Presidente interino”, e Freddy Superlano, que derrotou o candidato do Governo nas eleições regionais de 2021 no estado ocidental de Barinas, também já foram declarados inelegíveis.

A oposição anunciou em várias ocasiões que vai continuar o processo de primárias com estes candidatos inelegíveis, na esperança de obter o levantamento destas condenações antes das presidenciais de 2024, cuja data ainda não foi fixada. Este era um dos pontos principais das negociações entre o Governo e a oposição, há meses num impasse.

Washington manifestou repetidamente a disponibilidade para aliviar as sanções financeiras, mediante progressos entre Maduro e a oposição antes das eleições do próximo ano.