Os dados fazem parte do relatório Transparência das Comunicações 2021, que explica que a empresa recebeu “pedidos de informação, referentes a comunicações de clientes ou utilizadores”.
A Movistar também recebeu “pedidos de bloqueio de acesso a algumas páginas [da Internet] ou conteúdos, ou de filtragem de conteúdos”, assim como pedidos de “suspensão temporária de serviço”, feitos por organismos e forças de segurança do Estado e tribunais.
Segundo o relatório, a empresa recusou ainda 21.601 pedidos.
Os pedidos de intervenção telefónica, explica o documento, foram efetuados por autoridades como procuradores do Ministério Público, o Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (CICP, antiga Polícia Técnica Judiciária), o Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (serviços de informação) e o Ministério Público.
O documento dá conta também que foram bloqueadas ou restringido o conteúdo de 27 páginas da Internet, entre elas sítios de jogos e apostas pela Internet.
Por outro lado, o relatório refere que 997.679 telemóveis foram afetados por pedidos de “metadatos” associados às comunicações, com mais 1.613 pedidos recusados.
O grupo Telefónica opera serviços de telemóvel na Venezuela desde 2005, oferecendo ainda serviços de Internet móvel e televisão por satélite.
Em 2021, as receitas da Telefónica na Venezuela foram de 82 milhões de euros e os lucros operacionais ascenderam a 40 milhões de euros.
Além da Movistar, a Venezuela tem mais duas operadoras de telemóvel: a privada Digitel e a estatal Movilnet.
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