“Queremos reforçar esta mensagem e convocar todas as pessoas da Venezuela nos 24 estados do país (…) contra a ditadura”, afirmou o vice-presidente da Assembleia Nacional (parlamento), o opositor Freddy Guevara, em conferência de imprensa.
“Vamos marchar até às sedes do Supremo Tribunal e do Conselho Nacional Eleitoral [CNE], com calma mas com firmeza”, sublinhou, apontando que os dois órgãos foram “absorvidos” por parte do Governo venezuelano.
O deputado explicou que, na capital, Caracas, realizar-se-ão “duas concentrações em simultâneo”: uma vai partir do oeste até ao CNE e a outra do leste até à sede do Supremo Tribunal.
Ambas as instituições localizam-se no centro da cidade.
Freddy Guevara, que afirmou esperar que o 1.º de Maio, se afirme como “o testemunho de uma população que recusou render-se e vai em frente”, reiterou ainda que a oposição vai continuar a “convocar todo o povo da Venezuela até que haja liberdade”.
A oposição venezuelana tem convocado uma série de protestos desde dia 01 para pedir a destituição de sete magistrados do Supremo Tribunal devido à sua decisão – que qualificou como “golpe de Estado” – de assumir as funções do parlamento, dominado pela oposição, a qual foi revertida pouco tempo depois.
A oposição também exige a realização de eleições antecipadas, antes do fim do mandato do Presidente Nicolás Maduro, em dezembro de 2018, além da libertação de presos políticos e do fim da repressão.
Algumas manifestações resvalaram em violentos confrontos e resultaram em 29 mortes, cerca de 500 feridos e em mais de mil detidos.
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