O maior número de feridos foi registado em Baruta, onde 234 pessoas foram atendidas nos serviços de saúde locais, com “traumatismos e asfixias”, de acordo com uma informação publicada na conta do município na rede de mensagens instantâneas Twitter.

O presidente da câmara de Chacao, Ramón Muchacho, disse aos jornalistas que os serviços de saúde locais atenderam 164 pessoas, incluindo dois jovens com queimaduras causadas por ‘cocktails-Molotov, e dois feridos por balas de borracha.

A Câmara Municipal de Chacao disponibilizou um grupo de psicólogos para acompanhar os feridos.

As manifestações contra e a favor do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, intensificaram-se no último mês, tendo causado pelo menos 33 mortos e centenas de feridos. Mais de 1.300 pessoas foram detidas.

A oposição reclama a libertação dos presos políticos, a convocação de eleições gerais, o fim da repressão, protestando também contra duas sentenças do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que limitam a imunidade parlamentar e em que aquele organismo assume as funções do parlamento.

Na quarta-feira, milhares de pessoas saíram à rua em várias cidades, contra a convocação de Assembleia Constituinte, feita na última segunda-feira por Nicolás Maduro.

De acordo com a aliança da oposição, Mesa de Unidade Democrática (MUD), a convocação “é uma fraude, inconstitucional e implica o fim da democracia”.

Na segunda-feira, Maduro convocou os venezuelanos para elegerem uma Assembleia Constituinte cidadã para preservar a paz e a estabilidade da República, incluir um novo sistema económico, segurança, diplomacia e identidade cultural, de acordo com o Presidente venezuelano.

Para Nicolás Maduro, entre as suas “atribuições constitucionais”, está a reforma do Estado venezuelano e a alteração da ordem jurídica, o que permite a convocação de uma Assembleia Constituinte para redigir uma nova Constituição.