Maduro, no poder desde 2013, convocou para este sábado o que chamou de "a mãe de todas as marchas", para celebrar os resultados das eleições.
Mas a oposição também convocou manifestações em todo o país para contestar os resultados eleitorais anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que atribuem a vitória nas presidenciais de domingo ao líder chavista Nicolás Maduro.
O apelo à mobilização popular foi lançado na quinta-feira pela líder da oposição, María Corina Machado, num momento em que Maduro, que também insiste na mobilização dos seus apoiantes, divulgou que duas prisões de segurança máxima estão a ser preparadas para receber as pessoas detidas em protestos pós-eleitorais.
"Temos de nos manter firmes, organizados e mobilizados, com o orgulho de termos alcançado uma vitória histórica" no domingo, afirmou María Corina Machado ao convocar os protestos de hoje, prometendo ir "até ao fim".
"O mundo verá a força e a determinação de uma sociedade decidida a viver em liberdade", acrescentou na mesma ocasião a opositora, que reclama a vitória esmagadora do seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia, nas eleições de 28 de julho, e denuncia uma fraude eleitoral que permitiu a reeleição de Maduro para um terceiro mandato consecutivo de seis anos.
Os resultados divulgados pelo CNE têm sido contestados nas ruas venezuelanas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, mas também pela comunidade internacional, com vários países, nomeadamente os Estados Unidos, a reconhecerem a vitória da oposição.
Mais de 1.200 pessoas já foram detidas no âmbito dos protestos, que também já fizeram mais de uma dezena de mortos.
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