Numa deslocação a Santa Maria da Feira para visitar o Cincork - Centro de Formação Profissional da Indústria da Cortiça por altura do 60.º aniversário da instituição, Vieira da Silva começou, assim, por comentar os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados hoje, relativos à taxa de 10,8% de desemprego em setembro.
"Os dados de setembro, ainda que provisórios, apontam para uma descida. Não quer dizer que os problemas estejam resolvidos, mas o desemprego está a diminuir de forma consistente", declarou.
Para o governante, em causa está não apenas a descida do desemprego, mas também o crescimento do emprego e a recuperação das exportações.
O Orçamento de Estado aponta para uma taxa média de 10,3% de desemprego em 2017 e o ministro afirma que o Governo "está a caminhar para esse valor".
Vieira da Silva reconhece, nesse contexto, que o emprego "é a variável chave para o bem-estar das famílias e o desenvolvimento da economia", pelo que, questionado pela Lusa a propósito da pretensão do Bloco de Esquerda de ver os lucros das grandes empresas refletidos em aumentos salariais, mostrou concordar com esse argumento.
"Naturalmente que os lucros devem refletir-se nos salários", respondeu o ministro. "Quando um setor se desenvolve e se torna tão dinâmico e inovador, gera melhores rendimentos e esses deviam chegar também às famílias dos trabalhadores e a todos os envolvidos", acrescentou.
O governante considera, contudo, que "isso não se pode resolver só com normas legislativas e passa também pelas práticas sociais".
"Mas temos a expectativa de que um setor dinâmico, criador de emprego e que é inovador em termos tecnológicos possa dar esse sinal da melhoria das condições de trabalho", conclui.
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