Em declarações aos jornalistas à margem da presença na iniciativa “Não à Guerra! Paz Sim! NATO Não!”, promovida pela CGTP-IN, em Lisboa, Paulo Raimundo afirmou que o partido “nem está contra, nem está a favor” da vinda de Ruslan Stefanchuk a Portugal, e apelou a que o Estado português “de uma vez por todas” se empenhe na promoção “da diplomacia para a paz”.
“Abandonemos este caminho da guerra. O Estado português, o presidente da Assembleia da República, o Governo, o Presidente da República, a Assembleia da República, os órgãos de soberania, têm a obrigatoriedade de corresponder aos caminhos da paz. E eu penso que esta é uma questão que hoje está mais evidente e mais clara para a maioria da nossa população”, acrescentou.
Para Paulo Raimundo, esta visita é o que “conta menos” quando a NATO está neste momento, na cimeira em Washington, “a definir quais são os caminhos de prolongamento da guerra e quais são os caminhos de mais meios, mais recursos e mais dinheiro para o militarismo”.
“Temos três dias, 09, 10 e 11, nos Estados Unidos, a Cimeira da NATO, os 35 anos da NATO. Nós não precisamos de dar força a isso, os resultados da opção estão à vista, milhares de mortos, países destruídos, gente massacrada, civis massacrados, é preciso parar com isto, tudo o que seja para dar continuidade a isto é uma desgraça”, defendeu o dirigente comunista.
O secretário-geral do PCP lembrou as palavras do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que pediu na segunda-feira aos atletas que vão representar Portugal nos Jogos Olímpicos de Paris que fossem “embaixadores não só de Portugal”, mas também “embaixadores da paz”.
O líder do PCP lamentou também o que diz ser uma “leviandade na forma como se trata as questões da guerra como se fossem um videojogo, como se fosse um filme de Hollywood”, sublinhando que “estamos a tratar de vidas que desaparecem para sempre” e que “não há um ‘reset’ no jogo para começar de novo”.
O presidente do parlamento ucraniano visita Portugal até ao final do ano e a Assembleia da República vai cooperar nas reformas legislativas que Kiev terá de concretizar nos seus processos de adesão à NATO e União Europeia.
O convite formal para que Ruslan Stefanchuk realize a visita oficial a Portugal foi feito pelo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, na segunda-feira, durante uma reunião bilateral à margem da cimeira da Assembleia Parlamentar da NATO, que hoje termina em Washington.
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