“Eles demonstram uma enorme coragem e devem ser apoiados. Esses atletas devem ser apoiados e protegidos, para que possam denunciar e procurar reparação em total segurança, sem temer represálias”, sustentou Volker Turk, lembrando que o evento decorrerá em contexto de guerra na Europa.
O austríaco falou perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU, que tem o português António Guterres como secretário-geral, perante o presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach.
“Algumas situações são mais mediáticas do que outras: incidentes racistas ou sexistas, agressões, violência contra mulheres, corrupção, discriminação com base na religião, deficiência, nacionalidade ou orientação sexual e identidade de género”, observou Volker Turk.
O Alto Comissário destacou também os progressos que tem sido feitos nesta área, evocando a condenação de três adeptos no mês passado, em Espanha, por ataques racistas ao futebolista internacional brasileiro Vinicius Júnior, avançado do Real Madrid.
No debate que se seguiu, a Rússia denunciou a tentativa de “eliminar o desporto russo e bielorrusso”, em referência à impossibilidade de os seus atletas representarem o país nos Jogos Olímpicos Paris2024, motivada pela invasão e consequente guerra na Ucrânia.
O representante da Ucrânia na ONU argumentou que a Rússia “já matou mais de 450 atletas ucranianos, entre os quais campeões do mundo”, e que os militares russos “destruíram mais de 500 instalações desportivas” em solo ucraniano.
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